Tiradentes: cinismo do Temer passou dos limites

O cinismo de Temer passou de todos os limites na noite de hoje. Através de um pronunciamento em rede nacional (em que não ouvimos o som de uma única panela, diga-se de passagem), o presidente ilegítimo tentou manipular a população ao vender um Brasil que simplesmente não existe.

Todos sabemos como a situação está difícil, e mesmo assim ele teve a coragem de debochar da inteligência das brasileiras e dos brasileiros elencando uma série de “conquistas” fraudulentas.

Celebrou a volta do crescimento econômico fingindo não saber que o ritmo reduziu conforme os últimos indicadores. Citou a criação de postos de trabalho sem mencionar que a maioria desta conta é composta por trabalho informal e também ignorou a redução dos índices em relação ao trimestre imediatamente anterior. Falou de inflação menor como se isso adiantasse de algo diante do cenário de altíssimo desemprego e de juros baixos que na verdade nem chegaram ao consumidor.

Temer enalteceu a intervenção federal no Rio de Janeiro, feita sem nenhum planejamento e que não gerou nenhum resultado, e que todos sabem que foi uma grande jogada de marketing político. Fala ainda sobre o combate ao crime organizado, sendo que ele mesmo é acusado de ser chefe de organização criminosa.

Se gabou de realizações no meio ambiente mas o mundo sabe que ele tentou vender uma parte da Amazônia com uma área do tamanho da Dinamarca, e só não o fez por causa da altíssima pressão popular. Tem a cara de pau de querer ganhar créditos com a Transposição do Rio São Francisco como se fosse uma obra de seu desgoverno, enquanto todos sabemos que é uma realização dos Governos Lula e Dilma. Fala em prestígio internacional, num momento em que o Brasil foi jogado para a série C da diplomacia e não é mais respeitado por ninguém.

Por fim, sendo o conspirador golpista que é, afronta a todo o povo brasileiro ao mencionar de forma hipócrita a importância do respeito à Constituição. E como alguém que, para chegar ao poder, traiu uma líder popular democraticamente eleita, insulta a memória de Tiradentes ao se comparar ao mártir da Independência. Michel Temer não é como Tiradentes, mas sim como Joaquim Silvério dos Reis, um traidor da nação, e a ele está reservado o lixo da história.