Toffoli defende quarentena de oito anos para juízes que queiram virar políticos
(Foto 1: Nelson Jr./STF - Foto 2: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, tornou a defender nesta quarta-feira 29/VII que magistrados e membros do Ministério Público passem por uma quarentena de pelo menos oito anos caso queiram abandonar o Judiciário para concorrer em eleições. As declarações foram feitas em sessão extraordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
“Quem quer ser candidato, seja como magistrado, seja como membro do Ministério Público, tem que deixar a magistratura, tem que deixar o Ministério Público, e tem que haver um período de inelegibilidade sim. (…) Eu já disse isso várias vezes a senadores da República, não só nessa legislatura como em legislaturas anteriores”, disse Toffoli, ao defender que o período de inelegibilidade servirá para evitar a "utilização da magistratura e do poder imparcial do juiz para fazer demagogia, aparecer para a opinião pública e se fazer candidato".
O ministro pediu que o Congresso Nacional aprove um dispositivo para impedir candidaturas de magistrados antes do período de inelegibilidade que deve ser determinado por lei.
“A imprensa começa a incensar determinado magistrado e ele já se vê candidato a presidente da República sem nem conhecer o Brasil, sem nem conhecer o seu estado, sem ter ideia do que é a vida pública. Quer ir para a política, pode ir, pode ir. Sai da magistratura, e tenha um período de inelegibilidade. E eu volto a pedir ao Congresso Nacional que estabeleça prazos de inelegibilidade para membros da magistratura e do Ministério Público que deixarem suas carreiras. Para que não possam magistrados e membros do Ministério Público fazer dos seus cargos e das suas altas e nobres funções meios de proselitismo e demagogia”, disparou.
Eis um recado direto a Sergio Moro, há muito tempo candidato à Presidência nas eleições de 2020...
Com informações do Estadão