Traíra e Esteves elegeram Cunha
Temer já tinha traído antes de Cunha se eleger...
publicado
27/06/2016
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Banqueiro André Esteves pagou campanha de Cunha à presidência da Câmara
Logo após as eleições de 2014, antes mesmo da posse dos novos deputados, Eduardo Cunha percorreu, estado por estado, todo o Brasil, visitando os eleitos e os chefes políticos locais.
Graças ao repórter Raphael di Cunto, do Valor, ficamos sabendo que o BTG Pactual, de André Esteves, depositou, após as eleições, R$ 1 milhão para bancar a captação de votos para fazer de Cunha o pior adversário do Governo Dilma.
“O poder econômico foi determinante para a vitória de Cunha na Câmara. Eleito com 267 votos no primeiro turno, ele fez campanha com mais estrutura do que a de seus adversários: viajou de jatinho por todo o país, contratou cabos eleitorais, assessoria de imprensa, panfletos, camisetas e adesivos. Até montou estandes em hotéis frequentados por parlamentares e espalhou placas pelas principais regiões de Brasília. Mesmo apoiado pelo governo federal, o seu principal concorrente, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), teve uma campanha muito mais modesta: visitou menos Estados, a maioria em avião de carreira, e teve uma assessoria precária. Júlio Delgado (PSB-MG), que ficou em terceiro lugar, pouco viajou e dependeu mais do telefone para fazer pedir votos.”
E quem administrava a conta do PMDB onde o dinheiro foi depositado?
Sim, exatamente ele: Michel Temer, então na presidência do partido e o tesoureiro Eunício Azevedo.
Com o dinheiro depositado por Esteves, pagaram-se as viagens de Cunha: R$ 411 mil para empresa Extra Táxi Aéreo, em março de 2015, R$ 377 mil com mesma companhia e mais R$ 61 mil com a Ícaro Táxi Aéreo referentes ao ano anterior, quando Cunha já estava em campanha.
E não foi só jatinho, não:
“A conta corrente em que o BTG depositou os recursos pagou ainda R$ 310 mil de material de campanha, serviço de bufê, aluguel de imóveis, confecção de camisetas, adesivos, panfletos, placas e assessoria para a campanha de Cunha à presidência da Câmara, de acordo com notas fiscais anexadas à prestação de contas (do PMDB).”
O jogo do impeachment começou logo depois da eleição. E seu principal peão, Eduardo Cunha, já tinha por trás de si a mão de Michel Temer.
Graças ao repórter Raphael di Cunto, do Valor, ficamos sabendo que o BTG Pactual, de André Esteves, depositou, após as eleições, R$ 1 milhão para bancar a captação de votos para fazer de Cunha o pior adversário do Governo Dilma.
“O poder econômico foi determinante para a vitória de Cunha na Câmara. Eleito com 267 votos no primeiro turno, ele fez campanha com mais estrutura do que a de seus adversários: viajou de jatinho por todo o país, contratou cabos eleitorais, assessoria de imprensa, panfletos, camisetas e adesivos. Até montou estandes em hotéis frequentados por parlamentares e espalhou placas pelas principais regiões de Brasília. Mesmo apoiado pelo governo federal, o seu principal concorrente, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), teve uma campanha muito mais modesta: visitou menos Estados, a maioria em avião de carreira, e teve uma assessoria precária. Júlio Delgado (PSB-MG), que ficou em terceiro lugar, pouco viajou e dependeu mais do telefone para fazer pedir votos.”
E quem administrava a conta do PMDB onde o dinheiro foi depositado?
Sim, exatamente ele: Michel Temer, então na presidência do partido e o tesoureiro Eunício Azevedo.
Com o dinheiro depositado por Esteves, pagaram-se as viagens de Cunha: R$ 411 mil para empresa Extra Táxi Aéreo, em março de 2015, R$ 377 mil com mesma companhia e mais R$ 61 mil com a Ícaro Táxi Aéreo referentes ao ano anterior, quando Cunha já estava em campanha.
E não foi só jatinho, não:
“A conta corrente em que o BTG depositou os recursos pagou ainda R$ 310 mil de material de campanha, serviço de bufê, aluguel de imóveis, confecção de camisetas, adesivos, panfletos, placas e assessoria para a campanha de Cunha à presidência da Câmara, de acordo com notas fiscais anexadas à prestação de contas (do PMDB).”
O jogo do impeachment começou logo depois da eleição. E seu principal peão, Eduardo Cunha, já tinha por trás de si a mão de Michel Temer.