Trump derrotou o Clube de Bilderberg
Quem o Clube apóia no Brasil?
publicado
20/11/2016
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Por Henry Pinto, na versão em espanhol do portal Russia Today:
Trump presidente, apesar do Clube de Bilderberg
Na última reunião do Clube de Bilderberg em Dresden, na Alemanha, em junho último, haviam dois temas principais na pauta: freiar o "Brexit" e impedir o triunfo de Donald Trump - e, em ambos, fracassaram estrondosamente.
Um dos primeiros a alertar sobre o descontentamento do seleto Clube - já chamado de "governo mundial dos bastidores" - com a candidadura do magnata à Casa Branca foi o repórter do Infowars, Paulo Joseph Watson, de acordo com o Huffington Post.
Ele fez repercutir a assistência da senadora anti-Trump, Lindsey Grahan, um sinal óbvio de que Bilderberg planejava como evitar que Trump derrotasse Hillary Clinton, a candidata favorita do grupo.
O motivo
O Clube de Bilderberg estava seguro de que Hillary poderia se livrar de seus adversários republicanos. Entretanto, a campanha autofinanciada de Trump e sua oposição a certos acordos comerciais internacionais, como o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) ou a Parceria Trans-Pacífico (TPP) surpreendeu as elites de Bilderberg - sem falar dos planos de Trump para mudanças na OTAN.
Entre outros temas debatidos na reunião também estavam a Rússia e as palavras de conciliação de Trump a Moscou - pontos que acenderem os alarmes e foram logo utilizadas na campanha de medo contra Trump, com altas doses de russofobia.
Pará-lo de qualquer maneira
Por isso, não é de se estranhar todo o maquinário que foi posto contra Trump: a maioria da imprensa mundial - em especial os veículos mainstream - se colocaram contra o magnata, criando pânico entre os eleitores e publicando uma enxurrada de denúncias de abusos sexuais e um vídeo de uma conversa informal, com comentários obscenos sobre mulheres. Os editores destacaram os impropérios de Trump contra mexicanos e muçulmanos. A mídia estava tão convencida do sucesso que até mesmo a revista Newsweek publicou uma edição extra em que comemorava a vitória de Hillary Clinton - a tiragem teve de ser recolhida às pressas.
Uma das pessoas que melhor pode definir, em poucas linhas, o que aconteceu, foi o economista espanhol Roberto Centeno, assessor da campanha de Trump. Em outubro, ele publicou em seu blog:
"Qual ponto deve ser mais relevante para decidir quem deverá ser o presidente da nação mais poderosa do planeta? Um comentário machista, baixo e vulgar feito há onze anos atrás a um grupo de amigos? Ou os e-mails revelados pelo Wikileaks, nos quais Hillary diz uma coisa em público e outra em particular - como as mensagens dirigidas às elites de Wall Street, das quais recebeu mais de trinta milhões de dólares por palestras nos últimos três anos, aos quais assegurou defender seus interesses e passar por cima do povo norteamericano? Ou a desastrosa Primavera Árabe, que transformou a Líbia, a Síria e o Iraque num caos absoluto, criou o Estado Islâmico e facilitou o surgimento da al'Nusra, o novo grupo terrorista da al'Qaeda?
Para o New York Times, a Newsweek, o Washington Post, a CNN, a NBC, para toda a grande mídia a serviço das elites poderosas, só importa o primeiro ponto. O resto eles escondem."
Outra lição
Trump triunfou sobre Bilderberg e sobre a grande mídia do ocidente por um motivo simples: "faltou objetividade", como bem diagnosticou em seu Facebook a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajarova.
Uma nova era tem início, mas Edward Snowden faz uma observação: "Assim como não deveríamos ter esperança em Obama, não devemos nos paralisar por temer Donald Trump. Temos que construir as saídas nós mesmos e não deixar que os governos controlem seu próprio poder em absoluto".
No encerramento de uma conferência na Holanda, Snowden avisou que a única resposta válida, diante dos resultados das eleições norteamericanas, é encarar os problemas da vigilância eletrônica, apoiar a defesa da privacidade na rede e construir os movimentos populares - fazer algo para evitar o controle do governo neste aspecto.
Na última reunião do Clube de Bilderberg em Dresden, na Alemanha, em junho último, haviam dois temas principais na pauta: freiar o "Brexit" e impedir o triunfo de Donald Trump - e, em ambos, fracassaram estrondosamente.
Um dos primeiros a alertar sobre o descontentamento do seleto Clube - já chamado de "governo mundial dos bastidores" - com a candidadura do magnata à Casa Branca foi o repórter do Infowars, Paulo Joseph Watson, de acordo com o Huffington Post.
Ele fez repercutir a assistência da senadora anti-Trump, Lindsey Grahan, um sinal óbvio de que Bilderberg planejava como evitar que Trump derrotasse Hillary Clinton, a candidata favorita do grupo.
O motivo
O Clube de Bilderberg estava seguro de que Hillary poderia se livrar de seus adversários republicanos. Entretanto, a campanha autofinanciada de Trump e sua oposição a certos acordos comerciais internacionais, como o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) ou a Parceria Trans-Pacífico (TPP) surpreendeu as elites de Bilderberg - sem falar dos planos de Trump para mudanças na OTAN.
Entre outros temas debatidos na reunião também estavam a Rússia e as palavras de conciliação de Trump a Moscou - pontos que acenderem os alarmes e foram logo utilizadas na campanha de medo contra Trump, com altas doses de russofobia.
Pará-lo de qualquer maneira
Por isso, não é de se estranhar todo o maquinário que foi posto contra Trump: a maioria da imprensa mundial - em especial os veículos mainstream - se colocaram contra o magnata, criando pânico entre os eleitores e publicando uma enxurrada de denúncias de abusos sexuais e um vídeo de uma conversa informal, com comentários obscenos sobre mulheres. Os editores destacaram os impropérios de Trump contra mexicanos e muçulmanos. A mídia estava tão convencida do sucesso que até mesmo a revista Newsweek publicou uma edição extra em que comemorava a vitória de Hillary Clinton - a tiragem teve de ser recolhida às pressas.
Uma das pessoas que melhor pode definir, em poucas linhas, o que aconteceu, foi o economista espanhol Roberto Centeno, assessor da campanha de Trump. Em outubro, ele publicou em seu blog:
"Qual ponto deve ser mais relevante para decidir quem deverá ser o presidente da nação mais poderosa do planeta? Um comentário machista, baixo e vulgar feito há onze anos atrás a um grupo de amigos? Ou os e-mails revelados pelo Wikileaks, nos quais Hillary diz uma coisa em público e outra em particular - como as mensagens dirigidas às elites de Wall Street, das quais recebeu mais de trinta milhões de dólares por palestras nos últimos três anos, aos quais assegurou defender seus interesses e passar por cima do povo norteamericano? Ou a desastrosa Primavera Árabe, que transformou a Líbia, a Síria e o Iraque num caos absoluto, criou o Estado Islâmico e facilitou o surgimento da al'Nusra, o novo grupo terrorista da al'Qaeda?
Para o New York Times, a Newsweek, o Washington Post, a CNN, a NBC, para toda a grande mídia a serviço das elites poderosas, só importa o primeiro ponto. O resto eles escondem."
Outra lição
Trump triunfou sobre Bilderberg e sobre a grande mídia do ocidente por um motivo simples: "faltou objetividade", como bem diagnosticou em seu Facebook a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajarova.
Uma nova era tem início, mas Edward Snowden faz uma observação: "Assim como não deveríamos ter esperança em Obama, não devemos nos paralisar por temer Donald Trump. Temos que construir as saídas nós mesmos e não deixar que os governos controlem seu próprio poder em absoluto".
No encerramento de uma conferência na Holanda, Snowden avisou que a única resposta válida, diante dos resultados das eleições norteamericanas, é encarar os problemas da vigilância eletrônica, apoiar a defesa da privacidade na rede e construir os movimentos populares - fazer algo para evitar o controle do governo neste aspecto.