Trump persegue Cuba por apoio a Maduro

Governo Trump aperta sanções contra Cuba em retaliação ao apoio a Maduro

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que cidadãos americanos poderão processar nos tribunais dos Estados Unidos empresas e instituições cubanas que usem propriedades confiscadas no início da revolução de 1959. Trata-se de uma retaliação ao apoio do regime de Cuba ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela.

Os processos poderão ser abertos a partir de 19 de março, mas excluem por enquanto ações contra empresas estrangeiras que operam na ilha e também utilizam essas propriedades, ainda que em joint-ventures com o governo cubano.

As sanções americanas são, na prática, uma ativação da Lei Helms-Burton, que foi aprovada pelo Congresso americano em 1996, na Presidência de Bill Clinton, mas, por decisão de todos os governos desde então, nunca chegou a ser implementada. Temia-se a reação do Canadá e de países europeus, vários dos quais têm empresas com investimentos em Cuba, e também uma avalanche de processos na Justiça americana.

Se a lei for integralmente implementada, estima-se que ações pedindo compensações de bilhões de dólares sejam iniciadas nos tribunais dos EUA. Empresas americanas que começaram a investir na ilha depois do reatamento das relações entre Havana e Washington, no governo de Barack Obama, também poderão ser afetadas.

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