Brito: Trump pode perder por causa da reabertura
Flórida, estado republicano, teve aumento de 1.393% nos casos de covid-19
publicado
11/07/2020
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Reprodução: YouTube/TYT Nation
Por Fernando Brito, em seu Tijolaço:
Na capa e nas páginas internas, hoje, o The New York Times (veja ao lado) apresenta gráficos assustadores sobre o crescimento dos casos de infecção pelo novo coronavírus.
Ontem, os EUA registraram um recorde de expansão da doença, com o registro de 68 mil casos em apenas 24 horas. Para comparar: na China, ao longo de toda a pandemia, foram registrados 83 mil casos.
Busquei os dados e assinalei no mapa veiculado pelo site Real Clear Politics, que sistematiza e pondera todas as pesquisas eleitorais daquele país.
Reprodução
Ainda há um número grande de estados que estão indefinidos e, no sistema eleitoral norte-americano, que tem uma eleição por delegados estaduais que ficam todos com o vencedor local, isso faz com que as vantagens obtidas pelo candidato democrata, Joe Biden, à frente perto de 10% na preferência geral, não lhe deem segurança da vitória eleitoral.
Mas há um enorme problema para Trump: os estados que balançam entre os dois candidatos, na sua maioria, estão experimentando uma disparada de casos de contaminação desde que se aplicou a reabertura da qual o atual presidente é o mais ardoroso defensor.
O Texas, maior dos colégios eleitorais indefinidos, com 38 delegados, teve um aumento de 680% no número de casos. A Flórida, com 29 votos, inacreditáveis 1,393% desde a reabertura, há dois meses e meio. Geórgia e Carolina do Norte, que somam 30 delegados, 245% e 269%, respectivamente. E assim vai em quase todos os outros estados onde há empate nas chances até agora.
Não se espante, portanto, pelo fato de Trump ter voltado a sacolejar a bandeira de um iminente golpe de esquerda (sim, ele faz isso, acredite) para atenuar a péssima imagem sobre sua capacidade de lidar com o problema sanitário.
E nisso, a opinião pública é implacável: 57,5% desaprovam e só 40% aprovam o trabalho do republicano em relação ao novo coronavírus.
Ontem, os EUA registraram um recorde de expansão da doença, com o registro de 68 mil casos em apenas 24 horas. Para comparar: na China, ao longo de toda a pandemia, foram registrados 83 mil casos.
Busquei os dados e assinalei no mapa veiculado pelo site Real Clear Politics, que sistematiza e pondera todas as pesquisas eleitorais daquele país.
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Ainda há um número grande de estados que estão indefinidos e, no sistema eleitoral norte-americano, que tem uma eleição por delegados estaduais que ficam todos com o vencedor local, isso faz com que as vantagens obtidas pelo candidato democrata, Joe Biden, à frente perto de 10% na preferência geral, não lhe deem segurança da vitória eleitoral.
Mas há um enorme problema para Trump: os estados que balançam entre os dois candidatos, na sua maioria, estão experimentando uma disparada de casos de contaminação desde que se aplicou a reabertura da qual o atual presidente é o mais ardoroso defensor.
O Texas, maior dos colégios eleitorais indefinidos, com 38 delegados, teve um aumento de 680% no número de casos. A Flórida, com 29 votos, inacreditáveis 1,393% desde a reabertura, há dois meses e meio. Geórgia e Carolina do Norte, que somam 30 delegados, 245% e 269%, respectivamente. E assim vai em quase todos os outros estados onde há empate nas chances até agora.
Não se espante, portanto, pelo fato de Trump ter voltado a sacolejar a bandeira de um iminente golpe de esquerda (sim, ele faz isso, acredite) para atenuar a péssima imagem sobre sua capacidade de lidar com o problema sanitário.
E nisso, a opinião pública é implacável: 57,5% desaprovam e só 40% aprovam o trabalho do republicano em relação ao novo coronavírus.
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