Trump só vai deixar o Iraque se Bagdá pagar!
Fuzileiros navais norte-americanos durante a invasão do Iraque, em abril de 2003 (Créditos: Kevin Quihuis Jr./Luciano Carlucci/Defense Visual Information Center)
Neste domingo 5/I o parlamento do Iraque aprovou uma resolução que exige a retirada das tropas norte-americanas do país.
A decisão, que depende ainda da sanção do primeiro-ministro Adil Abdul-Mahdi, foi tomada dois dias após o ataque norte-americano próximo ao aeroporto internacional de Bagdá, que matou o general iraniano Qassem Soleimani.
Poucas horas depois, em entrevista a bordo do avião presidencial Força Aérea Um, o líder norte-americano Donald Trump afirmou que não irá retirar os soldados norte-americanos do Iraque sem uma espécie de compensação financeira:
"Temos uma base aérea extraordinariamente cara lá. Custou bilhões de dólares para ser construída, muito antes de meu governo. Não vamos embora a menos que nos paguem", disse Trump, em referência à base de Kirkuk, no norte do Iraque.
O governo norte-americano mantém uma forte presença militar no Iraque desde a derrubada do governo de Saddam Hussein em 2003. Mesmo após o fim oficial da invasão, em dezembro de 2011, aproximadamente 5.200 soldados dos EUA continuam a atuar no treinamento de tropas iraquianas e em missões contra o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).
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