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TSE discute punir "abuso de poder religioso" e bolsonaristas se revoltam

Zambelli diz que conservadores são perseguidos...
publicado 01/07/2020
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(Nelson Jr./SCO/STF)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a discutir, na semana passada, o "abuso de poder religioso" como motivo para cassação de políticos. O processo em questão envolve a vereadora de Luziânia (GO) Valdirene Tavares (Republicanos), pastora da Assembleia de Deus. Ela é acusada de usar sua igreja para promover a candidatura em 2016.

“A imposição de limites às atividades eclesiásticas representa uma medida necessária à proteção da liberdade de voto e da própria legitimidade do processo eleitoral, dada a ascendência incorporada pelos expoentes das igrejas em setores específicos da comunidade”, disse o relator do caso, ministro Edson Fachin, no julgamento.

Fachin votou contra a cassação da vereadora, mas fez ressalvas sobre a necessidade de manter Estado e religião separados, a fim de garantir a livre escolha dos eleitores. O julgamento sobre a vereadora de Luziânia foi interrompido por um pedido de vista do ministro Tarcisio Vieira de Carvalho.

Mas a simples discussão do assunto foi o suficiente para as redes sociais bolsonaristas partirem para o ataque. “Fachin propôs ao TSE a hipótese de cassação de mandato por ‘abuso de poder religioso’. Problema: a lei fala em abuso de poder econômico ou político. Um tribunal não pode, por ativismo, criar a nova hipótese. Mais uma brecha para perseguição ilegal de religiosos e conservadores?”, escreveu a deputada federal ultrabolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) no Twitter.

Para a também deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ), o Cristianismo vai “paulatinamente sendo proibido pela ditadura togada”.

Com informações do Estadão