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Venezuela: grupo que atacou base militar se hospedou no Brasil

Rodríguez: objetivo era criar condições para intervenção dos EUA
publicado 23/12/2019
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(Reprodução/Twitter)

O governo da Venezuela relacionou novamente o Brasil ao ataque a uma base militar no sul do país no domingo 22/XII. O ministro venezuelano de Comunicações, Jorge Rodríguez, disse nesta segunda-feira 23/XII que os militares desertores que tentaram tomar de assalto a instalação se hospedaram no Brasil após passarem por vários países latino-americanos.

Segundo ele, os assaltantes chegaram a Cúcuta, na Colômbia, em fevereiro. Dali, foram a Cali para receber treinamento em ações terroristas e paramilitares para, posteriormente, irem ao Peru, onde receberam instruções do opositor Vilca Fernández. Por fim, o grupo se dirigiu a Pacaraima, em Roraima, fronteira com a Venezuela, e se hospedou por 15 dias no Hotel Funchal. Ali, de acordo com as autoridades venezuelanas, os assaltantes estiveram sob tutela e patrocínio do narcotraficante de ouro Antonio "Toñito" Fernández.

"O governo do Brasil tem que explicar por que um criminoso, traficante de ouro e assassino, que esteve por trás de ações contra o comando da Venezuela, este senhor, Antonio "Toñito" Fernández, foi quem manteve os desertores e criminosos em Pacaraima durante 15 dias, quem lhes deu dinheiro e quem lhes prometeu dar uma quantidade de dinheiro depois que eles atacassem a base militar. O governo do Brasil não tem nada a ver com isso? Então que prenda e nos entregue Toñito", disse Rodríguez.

Para o ministro, o ataque ao quartel tinha como objetivo roubar armas, incluindo lança-foguetes, para forjar um ataque venezuelano contra um avião ou helicóptero da Colômbia. "O objetivo era montar um 'falso positivo' para que o governo dos EUA pudesse, então, intervir militarmente na Venezuela", afirmou.

No domingo, Rodríguez disse em uma rede social que os autores do ataque ao quartel "foram treinados em acampamentos paramilitares plenamente identificados na Colômbia e receberam a colaboração ardilosa do governo de Jair Bolsonaro”.

Nesta segunda, o Itamaraty negou qualquer participação do Brasil neste episódio.

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