Viagens da Presidência custaram R$ 8 milhões aos cofres públicos em 2019

A Presidência da República gastou, neste primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro, R$ 8 milhões em viagens para dentro e fora do país. Segundo o Estadão, que obteve os dados via Lei de Acesso à Informação, as despesas se referem a viagens do presidente e de servidores. Somente a última viagem internacional ao Sudoeste Asiático e ao Oriente Médio gerou uma despesa de R$ 1 milhão aos cofres públicos em 19 dias, ou seja, R$ 53 mil por dia. A lista de países visitados tem Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita - foi o tour mais longo da Presidência desde a posse de Bolsonaro.

A Secretaria de Administração decidiu não divulgar as notas fiscais que detalhariam os gastos.

No exterior, os gastos da Presidência chegam a R$ 2,2 milhões em dez viagens. Além do Sudoeste Asiático, Bolsonaro também viajou para a Argentina, o Chile e três cidades nos Estados Unidos - Nova York, Washington e Dallas.

A ida a Osaka, no Japão, foi a segunda viagem mais cara do ano, custando R$ 331 mil em 16 dias. De quebra, ainda ficou marcada pela apreensão de 39 quilos de cocaína com um sargento da comitiva presidencial durante conexão na Espanha.

Considerando as viagens nacionais, foram 37 destinos diferentes em 74 viagens, as quais totalizaram um gasto de R$ 5,7 milhões em onze meses.

São Paulo foi o destino mais recorrente de Bolsonaro: 18 idas à capital paulista ao custo de R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Em outro dos casos, uma viagem de apenas um dia para Goiânia custou R$ 33 mil aos cofres públicos.

Infelizmente para os brasileiros, o sigilo sobre as notas fiscais inviabiliza o detalhamento dos gastos.