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Wagner: Ciro tem um projeto nacional

Um grande quadro para combater o obscurantismo
publicado 02/11/2017
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Ciro (D): voltamos ao que éramos em 1910 (Crédito: Juliana Costa l SDE Bahia)

Via A Tarde:

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE) recebeu nesta quarta-feira, 1º, um afago do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), o ex-governador Jaques Wagner (PT-BA). Citado como um dos nomes com potencial para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial caso o petista seja impedido pela Justiça, Wagner disse que Ciro “é um bom candidato”.

Wagner retornou nesta quarta da viagem que fez à Cuba em missão oficial e recebeu o pedetista para almoço em seu gabinete, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). “Ciro é um grande quadro da política nacional e um bom candidato, que pensa o Brasil a partir de um projeto nacional”, disse o petista que propôs a criação de uma “Marcha pela Civilização” para combater o “crescimento do obscurantismo”.

Pouco antes do almoço, em entrevista à Rádio Metrópole, foi Ciro quem fez um agrado em Wagner. Indagado sobre possíveis candidaturas em 2018, ele afirmou: “Do PT, acho que o candidato será o Jaques Wagner, que é hábil, é o grande vitorioso, fez o sucessor [Rui Costa] que tem feito um bom trabalho e é um candidato respeitabilíssimo”.

Pontes

No encontro entre velhos amigos – ambos foram ministros no governo Lula –, Wagner defendeu como tarefa principal a “construção de pontes” que possibilitem a maior unidade do campo progressista. “É preciso reagir e juntar o país”, conclamou o petista, que pelo menos em três ocasiões foi citado por Lula como possível candidato do PT ao Planalto, caso ele se torne inelegível.

Ao A TARDE Ciro Gomes, que cumpriu em Salvador e Feira de Santana uma série de palestras e entrevistas como pré-candidato do PDT, informou que Wagner – que tem dito que vai disputar o Senado – não falou em candidatura ao Planalto, alegando ter em mente apenas o “plano L”, eleger Lula. E disse que ambos convergem na visão que têm do Brasil e da Bahia, e que a sua proposta é representar um projeto de centro-esquerda.

“O Brasil não cabe num projeto miúdo de esquerda porque temos um universo econômico que está precisando de um cuidado, que é todo a nossa base produtiva. Tinhamos 30% do PIB tirado da indústria em 1980 e este ano vai dar 8%. Voltamos ao que era em 1910”, argumentou Ciro.

O pedetista assinalou que, embora em posições opostas na eleição do ano que vem, ele e Wagner concordam que o Brasil precisa de um “projeto largo”, que reúna os interesses práticos de quem trabalha e produz. Negou que tenham tratado de aliança futura.

O presidenciável do PDT tem buscado, contudo, uma convivência amistosa com o PT, apostando que pode angariar votos petistas em caso de um eventual impedimento de Lula.

Sobre o ex-presidente, disse mais uma vez que a candidatura de Lula é um desserviço ao país e à biografia dele. “Na hora em que o Lula entra como candidato, ele passionaliza o ambiente [político], todo mundo vai para o ódio, vai para a paixão. Ninguém vai discutir nada sério para o País”, afirmou Ciro Gomes.