Wagner: é preciso ter tolerância política
2015 não aponta para nenhuma catástrofe
publicado
26/10/2015
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Saiu na Carta Capital:
“A agenda do governo hoje é a da economia e da produção”
Em evento de CartaCapital, o ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner faz mea-culpa da atuação do PT como oposição e pede tolerância política
A crise econômica, somada às investigações da Operação Lava Jato, não vai colocar o Brasil em um caminho catastrófico, mas é preciso construir um ambiente de tolerância política para que o País consiga criar soluções para voltar a crescer. O diagnóstico foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, durante o evento As Empresas Mais Admiradas no Brasil, organizado por CartaCapital, em São Paulo, na segunda-feira 26.
“A crise de 2015 não aponta para nenhuma catástrofe, mas para um momento de dificuldade contra o qual estamos trabalhando de forma dura”, disse Wagner.
Segundo ele, o governo está ciente da gravidade do momento atual e tem como prioridade hoje a economia, com destaque para a questão fiscal. “Do ponto de vista do governo, nossa agenda é a da economia e a da produção”, disse. “As outras, que surgirem, responderemos pontualmente”.
Para Wagner, que assumiu o cargo no último dia 7, após a primeira reforma ministerial do governo Dilma Rousseff, ainda que a crise econômica seja grave, a dificuldade mais dura enfrentada pelo País é a crise política. Para contorná-la, disse o ministro, é preciso criar um ambiente que favoreça a conversa entre as diversas forças políticas da sociedade.
“A democracia só funciona em um espaço de diálogo, em um ambiente de tolerância pelo contraditório”, disse Wagner. Ao pedir mais espaço para a divergência política, o ministro afirmou que a polarização “empurra o País para as piores soluções” e fez um mea-culpa da atuação do PT durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
“Eu era líder do PT [na Câmara] e o governo eleito tinha legitimidade para aplicar o programa escolhido nas urnas, que incluía a diminuição do Estado e a privatização”, disse.
“Infelizmente, as oposições tentaram refazer o processo eleitoral”, disse Wágner, em uma alusão aos pedidos de impeachment feitos pelo PT contra Fernando Henrique. “Fizemos o que era necessário, mas não da melhor forma, e aquilo [as privatizações] poderia ter rendido melhores resultados para a sociedade brasileira”, afirmou.
Wagner também indicou a transformação da Casa Civil em um espaço onde o debate de ideias ocorra e abriu as portas para o diálogo com os empresários, os “construtores da riqueza e de empregos”, que precisam de um ambiente positivo para superar as dificuldades. “Temos uma investigação [da Lava Jato] que deve seguir seu curso, mas é preciso que ela corra de um lado, mas que se solte a energia das nossas empresas, para que elas consigam gerar empregos”, disse.
A crise econômica, somada às investigações da Operação Lava Jato, não vai colocar o Brasil em um caminho catastrófico, mas é preciso construir um ambiente de tolerância política para que o País consiga criar soluções para voltar a crescer. O diagnóstico foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, durante o evento As Empresas Mais Admiradas no Brasil, organizado por CartaCapital, em São Paulo, na segunda-feira 26.
“A crise de 2015 não aponta para nenhuma catástrofe, mas para um momento de dificuldade contra o qual estamos trabalhando de forma dura”, disse Wagner.
Segundo ele, o governo está ciente da gravidade do momento atual e tem como prioridade hoje a economia, com destaque para a questão fiscal. “Do ponto de vista do governo, nossa agenda é a da economia e a da produção”, disse. “As outras, que surgirem, responderemos pontualmente”.
Para Wagner, que assumiu o cargo no último dia 7, após a primeira reforma ministerial do governo Dilma Rousseff, ainda que a crise econômica seja grave, a dificuldade mais dura enfrentada pelo País é a crise política. Para contorná-la, disse o ministro, é preciso criar um ambiente que favoreça a conversa entre as diversas forças políticas da sociedade.
“A democracia só funciona em um espaço de diálogo, em um ambiente de tolerância pelo contraditório”, disse Wagner. Ao pedir mais espaço para a divergência política, o ministro afirmou que a polarização “empurra o País para as piores soluções” e fez um mea-culpa da atuação do PT durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
“Eu era líder do PT [na Câmara] e o governo eleito tinha legitimidade para aplicar o programa escolhido nas urnas, que incluía a diminuição do Estado e a privatização”, disse.
“Infelizmente, as oposições tentaram refazer o processo eleitoral”, disse Wágner, em uma alusão aos pedidos de impeachment feitos pelo PT contra Fernando Henrique. “Fizemos o que era necessário, mas não da melhor forma, e aquilo [as privatizações] poderia ter rendido melhores resultados para a sociedade brasileira”, afirmou.
Wagner também indicou a transformação da Casa Civil em um espaço onde o debate de ideias ocorra e abriu as portas para o diálogo com os empresários, os “construtores da riqueza e de empregos”, que precisam de um ambiente positivo para superar as dificuldades. “Temos uma investigação [da Lava Jato] que deve seguir seu curso, mas é preciso que ela corra de um lado, mas que se solte a energia das nossas empresas, para que elas consigam gerar empregos”, disse.