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Kennedy e 1964: como arrombar porta aberta

Jornalões não sabem que furo é furado.
publicado 07/01/2014
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A propósito do “furo” de reportagem “Kennedy cogitou (de) ação armada para depor João Goulart”, o Conversa Afiada recebeu o seguinte comentário de atento amigo navegante:

Paulo,

É impressionante como nossa imprensa cobre mal assuntos de grande relevância para o Brasil. Os jornais apresentam hoje como se fosse um furo de reportagem a gravação de diálogos do Kennedy na Casa Branca onde ele dá o sinal verde para o golpe militar no Brasil. O registro, bem como o de um diálogo do Johnson comemorando o golpe meses depois, já havia sido revelado no imperdível documentário de Camilo Tavares "O dia que durou 21 anos".

No entanto, os jornalões e as televisões passaram batido pelo filme, que foi exibido na TV Brasil, em salas de cinema e inclusive numa sessão especial no Palácio da Alvorada.

Só me pergunto: Por que? Provavelmente porque sequer destacaram um bom repórter para ver o documentário.

Navalha

Sobre o mesmo tema, o Conversa Afiada recomenda também o documentário “Dossiê Jango”.

Ali se verá que – segundo o ínclito Waldyr Pires – Jango preferiu não resistir no Rio Grande do Sul, porque tinha a informação – de San Tiago Dantas – de que os americanos iam dividir o Brasil ao meio, como tinham feito, há pouco, na Coreia.

O “furo”, como se sabe, é de autoria do historialista – não é Historiador nem Jornalista – que usa múltiplos chapéus.

O “furo”, nos Estados Unidos, é um documento público.

“Privados” são os documentos dos arquivos do major Aquino Ferreira, em que se sustenta a extensa obra do historialista.

Arquivos acumulados quando o major servia no Palácio do Planalto, como funcionário público.

O historialista terá dificuldade em arrombar essa porta ainda que aberta – só ele sabe que os americanos derrubaram Jango.

Porque dele é a tese de que Jango caiu porque gostava de pernas – de coristas e cavalos.

Clique aqui para ler “Jango não foi deposto”, e aqui para ler “Kruel traiu Jango por seis malas de dólares”.

 




Paulo Henrique Amorim