Tribunal do Povo. O Capitalismo no Século XXI
Amigo navegante envia essa peça histórica.
Um debate entre o líder comunista Luiz Carlos Prestes e Roberto Campos, que jamais produziu uma ideia original, que, antes, não tivesse sido formulada na língua inglesa.
Campos, como se sabe, falava mal do Estado quando não trabalhava no Estado.
Campos foi diplomata por muitos anos, ministro do Planejamento do primeiro governo militar e, depois, Senador nomeado pelos militares.
Quando banqueiro, quebrou o banco que presidiu.
Um típico neolibelês (ver no ABC do C Af) brasileiro, udenista, perrepista, luzia e tucano ...
O encontro se deu em 1986 na TVE do Rio, quando a televisão pública prestava.
Prestes defendeu o regime comunista e Campos, o neolibelismo.
O debate tem aguda atualidade.
Ele antecipa o debate que se trava nos países “adiantados” sobre o livro do Piketty, a propósito da crescente acumulação do “Capital no Século XXI” nas mãos de poucos, em prejuízo de muitos e da Democracia.
Aqui no Brasil, como se sabe, verifica-se um fenômeno singular.
O livro é um best-seller, mas ninguém fala dele.
Com medo...
Com medo de dar razão a irrefutáveis demonstrações de Piketty.
Nesse debate na TVE verifica-se na plateia de “jurados” um empresário dito economista, Paulo Guedes.
Ele “julgou” esse debate e foi um dos “debatedores” com Piketty na USP.
Piketty se assustou: pensou que ia debater com economistas na Academia e se viu diante de empresários.
Sim, porque Guedes se apresenta como um cientista da Ciência Econômica e, não, como o que é, empresário.
O mesmo fez o André Haras Rezende.
Estava na USP como “economista”.
No Valor, PiG cheiroso, Haras Rezende – segundo Ricardo Melo - refutou Piketty: a meteórica ascensão social de banqueiros como ele pode dar “legitimidade” ao regime capitalista que promove a provisoriamente desigualdade.
Haras Rezende deve ter pensado em si mesmo – clique aqui para ler a entrevista deste ansioso blogueiro com Luis Nassif, autor de “Cabeças de Planilha”, que demonstra como o empresario Haras Rezende trabalhou no lançamento do Plano Real.
Em tempo: o amigo navegante verá que, no segundo trecho de sua exposição, Prestes menciona Fernando Henrique Cardoso entre sociólogos de esquerda.
Depois, ele retirou o emprego do “método marxista” na segunda edição, como disse ao Mino.
Ao programa que não se vê mais !
Em tempo2: observe, amigo navegante, que Campos há de ser o único ocidental que defende o regime de Fulgêncio Batista !
Paulo Henrique Amorim