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Piketty a Levy: quanto ganham os ricos ?

Que tal um imposto sobre a herança, para ajustar o superavit fiscal ?
publicado 28/11/2014
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Os merválicos pigais ainda não sabem exatamente o que dizer da nova trinca de responsáveis pela Economia – a que vai preservar o emprego e a inclusão social.

Não sabem se elogiam as metas – 2% de superavit e 4,5% de inflação - que serão perseguidas GRADUALMENTE, ou se espinafram a ausência de um choque paralisante de medidas impopulares, como defendiam os fragorosamente derrotados Aécio Never e seu economista americano NauFraga.

Nessa sexta-feira (28/11), a Urubóloga, no Mau Dia Brasil – antes que acabe – meteu os pés pelas mãos.

Ganha um doce que tiver entendido o que ela disse.

É a perplexidade dos que sofrem de TPF – Tensão Pós-Fracasso, mas isso passa.

Um dos pontos centrais do provisório entusiasmo dos merválicos pigais é com o que chamam de fim da “maquiagem”, como aquela que o Fernando Henrique praticou na campanha de 1998.

Uma semana depois de reeleito – sabe-se como …  - o Príncipe da Privataria desvalorizou o Real e mandou o Presidente do Banco Central para a rua !

Os ministros ressaltaram ontem a transparência !

Ou seja, o Fundo Monetário e as agências de risco vão saber tudo !, comemora a Urubóloga.

O ansioso blogueiro tem lá as suas dúvidas.

Por exemplo, ele leu a obra magnífica do Piketty, antes da tradução brasileira (sabe-se lá o que a Intrinseca fez do livro …).

Sabe-se que Piketty apoia as medidas de inclusão social da Dilma.

E, numa entrevista ao Estadão, na página B8 (não se deixe levar pelo título, amigo navegante, porque é falacioso …), Piketty faz gravísssima advertência aos novos Ministros da área econômica, exatamente nesse capítulo da TRANSPARÊNCIA.

Mas, é uma transparência de que os patrões da Urubóloga não querem nem ouvir falar …

Piketty diz que não é possível estudar a distribuição de renda no Brasil sem ter acesso à declaração de renda dos ricos !

Bingo !

Porque os ricos escondem !

(A Globo Overseas que o diga.)

E, portanto, a desigualdade no Brasil deve ser maior do que mostram os números do IBGE.

“Provavelmente há mais desigualdade no Brasil do que se pode medir pelas estatísticas oficiais... foi impossível acessar os dados do Imposto de Renda no país. Acredito que o Brasil precisa de mais transparência sobre renda e riqueza,” diz ele.

E agora, Levy ?

Disse Piketty:

O sistema tributário do Brasil não é muito progressivo (ou seja, não cobra dos ricos – PHA).

É regressivo (cobra dos pobres – PHA).

O que faz com que os pobres e a classe média paguem pesadas taxas no consumo.

É possível reduzir a taxação indireta (que castiga os pobres e a classe média – PHA) e aumentar a taxação progressiva da renda e na propriedade.

Se olharmos para a taxação do Imposto de Renda, o topo recolhido não é muito alto no Brasil: 27%.

A taxa sobre a tributação em propriedades é baixa, assim como nos casos de herança.

“Se não criarmos formas de confiar no Governo e no sistema de tributação, todos perdem !”

Bingo !

E aí, Levy ?

Vamos aumentar a transparência ?

Quanto ganham os filhos do Roberto Marinho ?

A garotada da Friboi ?

E que tal aumentar a arrecadação com a progressividade do Imposto de Renda ?

Vamos ser transparentes para as agencias de risco, ou para os brasileiros ?

Bingo, Piketty !

Em tempo:

Clique aqui para ler o depoimento do Z. Guiotto, que assistiu à palestra do Piketty na USP, quando jantou com farofa dois luminares do pensamento neolibelês pátrio: o Paulo Guedes e o Andre Haras Resende .

Como o Piketty não sabe quem são, tratou-os sem a reverência que o PiG lhes dedica.

(Paulo Guedes escreve no Globo e Haras Resende era o cérebro por trás da vacuidade da Bláblárina.)


Paulo Henrique Amorim


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