Lula aos trabalhadores: hoje é mais fácil reivindicar!
Passaram-se 35 anos e o Presidente Lula se recorda como se tivesse ocorrido ontem. “Em 79, tivemos ganhos, mas saímos como traidores. Em 80, a gente não ganhou nada de aumento salarial, mas foi uma grande vitória pela evolução da consciência política do trabalhador”, lembrou.
Lula falava do período em que surgiu um novo movimento sindical dos operários brasileiros, que já moldava um país pós ditadura, vítima de repressões que só chegariam definitivamente ao fim em 1985, com Tancredo Neves eleito, de forma indireta, Presidente do país.
No discurso de abertura no Simpósio “Ação Coletiva, Democracia, Trabalho e Transformação Social” , na última terça-feira (28), o metalúrgico que viria a ser o Presidente do Brasil citou os anos subsequentes ao nascimento do que ficou conhecido como Novo Sindicalismo, que aflorou entre 1978 e 1980 e daria base ao que se tornaria o Partido dos Trabalhadores.
No Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, afirmou Lula: “Este Sindicato é responsável por quase tudo que aconteceu de mudança na relação de trabalho nesse País. Não é mérito da diretoria, é mérito da categoria, que nunca negou fogo e nunca mediu sacrifícios para fazer as lutas.”
Das greves que marcaram o Brasil e colaboraram com o enfraquecimento do regime militar, Lula fez um paralelo: “Hoje não é só dizer o que quer. Tem que ser criativo, estudar muito e ser propositivo. É preciso reivindicar com o patrão, na Prefeitura, nos governos do Estado e Federal, no Congresso e ir para a Europa brigar com as matrizes. Ficou muito mais amplo o leque de luta dos trabalhadores”.
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