Ayres Brito e o mensalão: não será um linchamento
A capa de revista Carta Capital desta semana é o presidente do Supremo, Ayres Britto, que, logo, se pronuncia sobre o julgamento do mensalão, que os Mervais estão desesperados para apressar, na esperança de Peluso condenar o Dirceu:
“Não podemos ceder à pressão. Senão é linchamento.”
A entrevista merece ser lida na íntegra.
Sobre as pressões mervais – clique para ver o que o Mino acha dos Mervais e sua suposta identificação com a opinião publica - disse Britto:
“Os juízes do Supremo se colocam diante da pressão popular com toda sobranceria, eles tiram de letra... Vai ser um julgamento técnico, justo, fundamentado, sem nenhum ingrediente político... Não podemos surfar nessa onda da cólera coletiva, da pressão social. Quanto ao timing, é de toda conveniência que seja julgado por brevidade, porque a razoável duração do processo é uma norma constitucional. Se pudermos terminar antes do processo eleitoral, melhor ...”
O Conversa Afiada concorda com o Ministro e com o Vander: por que não julgar logo?
Como disse o Ayres Britto à Cynara Menezes:
“Temos o dever de julgar os réus com isenção, a partir das provas dos autos, com fundamentação técnica da nossa decisão. Se não for assim, vai haver prejulgamento, seja no sentido da absolvição, seja no da condenação.”
Esse Mino Carta …
Há quanto tempo ele diz, amigo navegante, que o mensalão está por provar-se ?
Paulo Henrique Amorim